Foi com o desejo de melhorar sua cidade natal, buscando a preservação do meio ambiente e ada propagação dos trabalhos sociais dos moradores de sua terra, que o empresário Nino Resende fundou, em São Joaquim de Bicas, em 2009, o Centro de Referência Ambiental João Amazonas.
No primeiro ano de existência da instituição, conta Nino, ele distribuía gratuitamente mudas em eventos públicos, praças e estabelecimentos comerciais, além de fazer o plantio de árvores em áreas degradadas de Bicas. O objetivo, segundo ele, era recuperar e preservar áreas verdes e com nascentes do município, além de arborizar e estimular o plantio de pomares, hortaliças e ervas medicinais nas residências.
Ainda em 2009, Nino atuou, junto a um grupo de artesões de Bicas, na criação do Movimento Viva Mulher, evento realizado pela entidade e que tem o intuito de promover a arte e os artistas da cidade. “Ele acontece uma vez por ano, na praça da igreja matriz de São Joaquim de Bicas, um dos principais cartões-postais do município. Atende desde crianças até idosos, oferecendo atividades como rua de lazer, oficinas, tratamento de beleza, dança, música e capoeira”, explica.
Frequentadora assídua do Viva Mulher, a artesã Divina da Silva Aleixo fala da importância do projeto. “Sou apaixonada pelo que faço. Por isso, participo do programa. Lá, a gente aprende muito mais sobre artesanato. Além disso, o espaço é um local onde faço amigos e interajo com as pessoas”, ressalta.
Com o passar dos anos, os trabalhos do João Amazonas foram ampliados e parcerias foram firmadas para capacitar a população, por meio de cursos, oficinas e palestras. “Gosto muito de plantas e, por isso, o primeiro curso que fiz no instituto foi o de beneficiamento de
plantas medicinais. Foi tão bacana que voltei para participar de outro, o de cultivo de plantas”, elogia a aposentada Cheila Maria.
Em janeiro de 2012, a entidade foi registrada em cartório e tornou-se o Centro de Referência Ambiental e Cultural João Amazonas, uma
associação sem fins lucrativos, que investe na cultura e no meio ambiente como forma de promoção social e enriquecimento do cidadão. Por isso, para o fundador – que sonha em fazer do local um centro de referência estadual na prestação de serviços ambientais, sociais e culturais – atitudes precisam e devem ser tomadas para que o projeto continue a ser um exemplo de cidadania.
Fotos: Divulgação
“Precisamos conscientizar e reeducar as pessoas para que elas possam viver de forma sustentável, não só respeitando e conservando o meio ambiente, mas também ensinando formas de reaproveitamento e promovendo ações para recuperar áreas degradadas. Queremos investir ainda mais na capacitação e no aperfeiçoamento dos trabalhos artesanais, criando oportunidades para que eles sejam expostos e vendidos em eventos, feiras e exposições. Também buscamos promover mais cursos, oficinas e palestras para atender à população mais carente e fazer um trabalho de integração. Trabalhamos para melhorar a qualidade de vida, entender os problemas e tentar suprir as necessidades dessas pessoas”, afirma Nino.
Parcerias que dão certo
A equipe do João Amazonas acredita que somente com um trabalho integrado e mediante parcerias é possível alcançar o sucesso. Por isso, eles desenvolveram ações em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Universidade Federal de Viçosa (UFV ) e a Prefeitura de Bicas. “Além, é claro, das parcerias feitas com as associações de bairros, pessoas da comunidade e empresas privadas. Tudo para tornar nossos objetivos possíveis e trabalhar em prol dos nossos maiores patrimônios: as pessoas e o meio em que vivemos”, salienta Nino.