Modulação hormonal e qualidade de vida
Lênio Pinho I www.drleniopinho.com.br
A humanidade caminha para uma vida mais longa. Envelhecer é inevitável, mas podemos escolher como envelhecer. Quem não gostaria de chegar à terceira idade com um corpo bonito e mais saudável? Cada vez mais, encontramos pessoas em busca de recursos para ter mais qualidade de vida, além de uma alimentação saudável e da prática regular de atividade física. Entretanto, entre a utopia de “se estar sempre jovem” e a realidade do envelhecimento, considera-se o envelhecimento com qualidade de vida algo possível de se alcançar. E a medicina oferece intervenções para isso. Entre elas está a modulação hormonal, à qual várias pessoas recorrem com o intuito de envelhecerem bem.
Ao contrário do que se imagina, os hormônios não diminuem porque as pessoas envelhecem. Na verdade, as pessoas envelhecem porque os hormônios caem. É necessário conhecer as necessidades hormonais da pessoa para, a partir daí, dar inicio um programa de manutenção metabólica em busca do equilíbrio. Mas, afinal, quem pode se beneficiar da modulação hormonal? Todos que buscam performances física, intelectual e mental mais aprimoradas.
A modulação hormonal é o método pelo qual traçamos o perfil hormonal do paciente, detectando suas necessidades, para, em seguida, comecarmos um balanceamento hormonal a fim de que ele atinja um padrão hormonal compatível com o que desejamos. A modulação está baseada em parâmetros científicos e em evidências clínicas confirmadas e comprovadas, porém sempre deve ser feita de forma individualizada.
Homens e mulheres compartilham quase todos os mesmos hormônios. A partir de certa idade, a produção hormonal não é mais a mesma. O que muda são os níveis de hormônios produzidos por um e por outro. As alterações hormonais e seus distúrbios podem levar à perda de energia, de memória e de massa muscular, a um cansaço inespecífico e à baixa de libido. E umas das maneiras de reequilibrar os limites hormonais, dentro da faixa de otimização, é fazendo a modulação, que, além de ajudar no processo de emagrecimento e na hipertrofia muscular, devido às alterações metabólicas, propicia:
- Melhora da função cognitiva (memória e raciocínio), do sono, do humor e da atividade sexual;
- Aumento da energia e da disposição;
- Fortalecimento do sistema imunológico;
- Diminuição do estresse;
- Manutenção da massa magra;
- Controle da saúde óssea.
O primeiro passo para se fazer um tratamento de modulação hormonal é identificar o perfil hormonal do paciente por meio de diversos exames laboratoriais. Podemos solicitar a ele exames de imagens, como ultrassom, radiografia, mamografia, densitometria óssea, ou seja, um conjunto de exames que constituem um verdadeiro “check-up", o qual nos auxiliará a conhecer melhor o estado de saúde da pessoa e os riscos que ela apresenta de ter doenças cardíacas, câncer ou outras enfermidades que possam ser empecilho ao uso de hormônios.
Então, pedimos ao paciente seu histórico de enfermidades e identificamos as queixas e os problemas que pretendemos solucionar com o tratamento. As informações fornecidas e os resultados do “check-up” nos proporcionam um conhecimento profundo das limitações e dos riscos do paciente.
E atenção: modulação hormonal não é a mesma coisa que reposição hormonal. O tratamento da modulação é um pouco mais complexo, pois, além dos hormônios, é possível utilizarmos substâncias para complementarmos os baixos níveis e atingirmos níveis compatíveis com as necessidades individuais. Usamos hormônios chamados bioidênticos, ou seja, aqueles exatamente iguais aos que nossas glândulas produzem. São substâncias que têm a estrutura molecular tridimensional idêntica à dos hormônios humanos. Os bioidênticos foram produzidos a partir do projeto genoma, que vem decifrando nosso código genético, ou seja, nosso DNA. Também utilizamos substâncias que nos protegem quanto à oxidação celular, processo responsável pelo envelhecimento. Trata-se dos antioxidantes, que podem ser naturais, como os encontrados em determinados alimentos, ou aqueles obtidos em vitaminas e sais minerais.
Quem sonha com a longevidade deve adotar hábitos cada vez mais saudáveis. Afinal, não basta viver muito, é preciso viver muito bem. Portanto, procure um médico especialista e mude seus hábitos. Conheça as melhores intervenções para melhorar sua qualidade de vida!
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