Slackline: esporte na corda bamba

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Criado em 06 de Setembro de 2012 Esportes
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Além de queimar calorias e divertir, a modalidade proporciona mais equilíbrio corporal e melhores postura e percepção do corpo
 
Cansado de jogar futebol, vôlei ou fazer natação? Por que não tentar um esporte diferente e divertido, que vem conquistando cada vez mais adeptos no país? Estamos falando do slackline, uma modalidade esportiva em que a pessoa se equilibra em uma fita que fica presa em dois pontos fixos de ancoragem, a partir de 60 centímetros de altura. A secretária executiva Mayra Assis resolveu tentar. Convidada pela reportagem, ela arriscou os primeiros passos andando sobre essa “corda bamba” que, apesar de parecer uma brincadeira de criança, exige muito equilíbrio e concentração de quem pratica. 
 
“É um esporte difícil, confesso, mas muito legal. Mais do que isso, ele vicia. Quando você consegue se equilibrar na fita, não quer parar mais. É desafiador. O que você não pode fazer é desistir. O mais difícil é se equilibrar. Depois disso, as coisas vão fluindo. Para quem gosta de esportes ao ar livre e desafiadores, vale a pena tentar”, afirma Mayra. 
 
Para o precursor do slackline em Betim, Giovani Lopes, Mayra se saiu bem. “Ela conseguiu dominar bastante, mesmo nas primeiras tentativas. Isso não é muito comum. Mayra subiu na corda sozinha e até deu uns passinhos. Se ela praticar mais, em pouco tempo vai dominar o esporte”, salienta o esportista. 
 
 
Para ele, existem muitas pessoas interessadas em praticar o slackline, mas elas têm medo ou não querem fazer feio nas primeiras tentativas. “Uma coisa é certa: todo mundo vai pagar uns micos tentando se equilibrar no primeiro contato com o esporte. De primeira, é quase impossível parar em pé na fita. Cair faz parte do aprendizado. É por isso que os iniciantes devem usar colchões ou colchonetes para amortecer as quedas, que serão muitas. Isso evita uma torção ou problemas maiores devido ao impacto”, ressalta Giovani, que, há mais de dois anos, pratica o slackline. 
 
Para treinar, explica Giovani, é preciso usar roupas leves e buscar um local bem gramado. “Se não encontramos uma grama fofa, temos que investir mesmo no colchão”, explica o esportista, ao ressaltar que, em Betim, o grande problema para os  praticantes é a falta de locais apropriados. “Aqui não há muitas praças bacanas para se fazer o slackline. Por isso, acho que a modalidade ainda não se popularizou no município. Faltam locais e mais divulgação”, revela.

O esporte pode ser praticado por pessoas de qualquer idade. A princípio, o iniciante deve apoiar a sola dos pés inteira na base (fita). “Se conseguir se equilibrar logo, o que, na maior parte das vezes, é quase impossível, ótimo. Depois, deve fixar o olhar em um ponto à sua frente e abrir os braços até a direção dos ombros, sem ultrapassá-la. A seguir, é preciso caminhar até sentir  mais segurança. Daí, o movimento vai evoluindo, com caminhadas para trás ou esticando-se uma das pernas à frente. Agora, é só praticar. Com o tempo, você começará a arriscar saltos e manobras mais radicais”, pondera Giovani.

 
Aulas de slackline
Equipamentos básicos
  •  Catraca com fita de ancoragem
  •  Fita de slackline (geralmente com 10, 15 ou 30 m)
  •  Par de protetores de árvores
  •  Backup de segurança para catraca
  •  Ancoragens (geralmente naturais, como duas árvores, ou até mesmo pilastras e estacas fincadas no chão);  Modalidades do slackline
  • Trickline

 É a modalidade mais praticada. Feita, geralmente, a partir de 60 cm de altura, ela permite a realização de manobras de saltos com equilíbrio extremo, exigindo do praticante bastante preparo físico e treino.

  • Longline

 É a prática em fitas com comprimento a partir de 20 m. Exige bastante condicionamento físico, pois, quanto maior o comprimento da fita, mais força muscular, concentração e equilíbrio são necessários.

  • Highline

 É praticada em alturas acima de 5 m. Requer muita experiência e conhecimento de alpinismo, pois são necessários a utilização de equipamentos de segurança e o conhecimento técnico sobre sistema de redução. Além de preparo físico e concentração, controle mental é fundamental para manter em equilíbrio o medo, e a ansiedade e a adrenalina, em grandes alturas. 

  • Waterline

 É a prática sobre a água, seja em piscinas, rios ou praias. Essa é a modalidade mais refrescante e  descontraída, já que podem ser realizadas diversas manobras do trickline, e as quedas nunca serão mal desejadas.

Benefícios

Além de ser uma forma diferente de praticar atividade física, já que é bastante divertido, o slackline trabalha o equilíbrio  corporal, a postura e a percepção do corpo. Segundo o preparador físico Rodolfo Carvalho, os músculos do abdômen e das coxas são os mais exigidos, além dos braços, que participam auxiliando o praticante na estabilização sobre a corda. “Com uma hora de atividade, você pode gastar até 200 calorias”, informa Rodolfo.
 
Quem atesta isso é o próprio Giovani. “Depois que comecei a praticar o slackline, torneime uma pessoa mais concentrada e tranquila no dia a dia. Para conseguir praticar, você tem que se concentrar bastante. Você acaba se desligando de tudo ao seu redor e se preocupando apenas com o esporte”.
 
Mas os benefícios não param por aí. O slackline, explica ele, é uma ferramenta ideal e versátil. “Pode ser usado para o treinamento de habilidades sensomotoras. Na fisioterapia e na pediatria, o esporte auxilia a recuperação do equilíbrio e os tratamentos de dores dorsais, de lesões nas articulações do tornozelo e do joelho, da debilidade do tronco, da instabilidade do ombro e da deformação dos pés”, explica Giovani.
 
Made in EUA
O slackline, ou “linha folgada”, surgiu durante a realização de escaladas nos Estados Unidos. O esporte teve início na década de 70, nos campos do vale Yosemite, na Califórnia. No local, os esportistas passavam semanas tentando novas formas de praticar a escalada. Com isso, nas horas vagas, esticavam as fitas de escalada, através de equipamentos, e tentavam se equilibrar e caminhar sobre elas. Começou, a partir de então, a febre do slackline pelo mundo.

 

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Visite o site www.slacklinestamm.com.br 
200 Essa é a quantidade de calorias que uma pessoa pode perder praticando uma hora de slackline.
 



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