É pra bombar na pista!
Com uma mistura dos gêneros musicais rock, soul, pop, R&B e house music, a banda mineira Funky Fat, cuja cantora é a betinense Manuela d’Alcântara, 28, desafia o público a não ficar parado. O próprio nome do grupo já diz: funky é uma palavra americana que caracteriza um som ou uma levada dançante, e fat, na tradução literal, quer dizer gordo – uma alusão ao som pesado do contrabaixo utilizado nas canções do grupo.
Os fundadores da banda são os amigos Guilherme Santoro, 31, Thiago Guimarães, 30, e Rafael Cury, 25, que, após viagens a Londres, com o objetivo de estudar engenharia de som, voltaram ao Brasil influenciados pela música eletrônica. Assim, antes de nascer a Funky Fat, o trio levava os sons de outro projeto, cujo estilo, o tech house, propunha batidas mais rápidas e a não exigência de um vocal.
Os integrantes da banda contam que, pouco tempo depois, o estilo evoluiu para o deep house. “Fomos influenciados por uma nova tendência. Estávamos buscando uma identidade mais marcante. Nela, as batidas são mais lentas, o som do baixo é mais pesado e havia a necessidade de um vocal”, explicam.
Em pouco tempo o projeto ganhou, além dos principais palcos do Brasil neste segmento, várias rádios de música eletrônica pelo mundo. “Nós tivemos muita força de vontade. Nos entregamos a esse projeto de corpo e alma. Conseguimos, logo cedo, entregar nosso material para Jamie Jones, reconhecido como o DJ número um em todo o mundo, além de ser um dos produtores mais influentes desse estilo musical. Ao ouvir o nosso som, Jamie identificou-se com o nosso material e propôs uma parceria, que levou à gravação do primeiro compacto, o ‘Masochist’, pela gravadora londrina Hot Creations, em meados de 2012. Esse disco foi responsável por espalhar a nossa música por todo o mundo”, orgulham-se os integrantes da banda.
Com o potencial de sucesso, a Funky Fat iniciou viagens por todo o país, e, então, surgiu a necessidade de um vocalista que pudesse acompanhá-los. Assim, a banda iniciou a busca por uma voz que combinasse com o estilo musical do grupo. “Estávamos em busca de alguém com um perfil específico. Um dia, conhecemos a Manu d’Alcântara, que nos chamou a atenção pela sua voz doce e forte”, recordam os músicos.
Manuela conta que logo se identificou com o projeto. “Já fiz aulas de canto e era vocalista de uma banda de rock, sendo, desde sempre, uma admiradora da música eletrônica. Quando pequena, meu sonho era cantar. Obviamente, por conhecer o mercado da música, não acreditava que um dia cantaria em uma banda que percorresse o país. Mas o sonho se realizou. Eu logo me apaixonei, até porque as influências da Funky Fat são as melhores e vão desde James Brown a Prodigy e The Knife”, explica.
Manu salienta que, no início, não foi fácil conciliar o trabalho com sua vida pessoal. “Acho que fiquei um pouco assustada. Eu me formei em design gráfico e, até então, trabalhava na área. Além disso, como tenho um filho, tive de adequar a rotina de vida dele ao meu novo trabalho. Por acreditar que tudo o que fazemos com o coração se torna leve, eu entrei com muita força de vontade nesse projeto. Hoje, trabalho em casa como freelancer, cuido do meu filho e ainda tenho tempo para fazer uma das coisas que mais amo, que é cantar”, afirma.
Para os fãs de carteirinha e para aqueles que querem conhecer um pouco mais sobre a banda, a Funky Fat anuncia que o próximo lançamento será o EP “Jealousy”, juntamente com um clipe, antes do verão europeu, também pela consagrada gravadora Hot Creations.