Eles conquistaram o Mundo da Moda

Moda

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Criado em 12 de Novembro de 2013 Capa
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Ariane de Souza, Bruno Canaan, Juliane Késsia, Nayane Teixeira e Raphael Alvim. O que eles têm em comum? Além da beleza, do carisma e de terem conquistado seu espaço no mundo fashion, os cinco compartilham de mais um adjetivo: todos moram em Betim. Nas páginas a seguir, você vai conhecer um pouco mais sobre o que pensam e a trajetória desses talentosos modelos da cidade
 
Lisley Alvarenga
 
Jovem, bela e dona de um senso de humor ímpar, a modelo Ariane de Souza viu, ainda menina, sua carreira decolar. Aos 13 anos, ela foi uma das selecionadas, em Betim, por uma famosa agência de modelos de Curitiba, no Paraná, para ser agenciada pela empresa. E detalhe: na época, ela nem cogitava seguir essa carreira. “Meus amigos e familiares sempre me diziam que eu tinha perfil para ser modelo, mas eu não gostava. Acabou que as coisas foram acontecendo, sem eu esperar. Participei dessa seleção por insistência da minha família e fui uma das escolhidas”, recorda.
 
Desde então, ela começou a trabalhar como modelo e a participar dos mais conceituados eventos de moda do país e do mundo. “Aos 15 anos, fui para uma agência de Belo Horizonte, onde me convidaram para fazer parte da seleção de modelos que iria desfilar no Minas Trend Preview. Desde então, já fiz o evento oito vezes”, conta.
 
 
Em 2012, Ariane foi morar em Milão, capital mundial da moda, e conheceu outros diversos países da Europa. “Voltei para o Brasil, no fim do mesmo ano, e fiquei em São Paulo por três meses. Já em maio de 2013, fui para Miami, nos Estados Unidos, para fazer a temporada de moda Fashion Week de lá. Depois, fiz a temporada Fashion Week de Nova York e retornei ao Brasil para fazer o desfile do Minas Trend, que aconteceu, recentemente, em Belo Horizonte”.
 
E, ao que tudo indica, a top model, que já trabalhou para grandes marcas como DTA, Calvin Klein, Vivaz, Barbara Bela e Graça Ottoni, vai continuar conquistando as passarelas e capas de revistas mundo afora. “Agora, já estou me preparando para fazer o Fashion Week de São Paulo, que acontece no ano que vem. Também quero voltar à Europa para fazer as temporadas de moda de Paris, Londres e Milão”, explica.
 
 
Privações
Ariane confessa que, apesar de gostar, sua veia festeira teve de ser deixada de lado por causa do trabalho. “Gosto muito de sair, de ir a baladas, mas, por causa do meu trabalho, sou privada desse tipo de diversão. Como a maioria dos eventos de moda acontece nos fins beber e preciso chegar cedo em casa. É um sacrifício que tenho de pagar. Nós, modelos, trabalhamos com o nosso corpo, a nossa imagem e, por isso, é imprescindível estarmos sempre belas.”
 
Já a alimentação, outro grande, talvez o maior vilão dos modelos, nunca foi um problema para ela. “Sempre comi de tudo, mas não sou de exagerar nas frituras, nas massas. Adoro carne de porco, arroz e feijão. Não deixo de comer nada disso, mas, durante o tempo em que fico fora do país, prefiro balancear minha dieta, comendo sempre alimentos mais leves”. Quanto aos exercícios físicos, ela diz que, apesar de gostar, o que falta é tempo. “Vivo na correria”, frisa.
 
 
Muito além da sensualidade
Capa da revista “G Magazine” por duas ocasiões e vencedor do reality show “Jogos da Sedução”, realizado pela TV Band, em 2006, Bruno Canaan tem muitas qualidades, além, é claro, da sensualidade. Talentoso, ele trabalha como modelo há mais de 12 anos. “Em 2001, comecei a fazer pequenos trabalhos na área e, dois anos depois, venci o concurso Garoto e Garota Betim Rural. Após isso, fiquei em primeiro lugar no concurso New Look, realizado em Belo Horizonte, em 2005, e em terceiro lugar no Mister Minas Gerais, ocorrido, em Patos de Minas, em 2006”, lembra.
 
Mas a alavancada na carreira veio mesmo com a conquista do reality show. “Depois do ‘Jogos da Sedução’, fui convidado a participar de programas importantes da televisão brasileira e fiz a capa da ‘G Magazine’, na época, com um ensaio fotográfico inspirado no personagem do ator Rodrigo Santoro, no seriado ‘Lost’. Em 2007, voltei a participar de uma publicação da revista, quando ela fez uma edição especial de fim de ano. Dois anos depois, convidaram-me para ser capa da revista novamente e aceitei.”
 
Em 2011, Bruno passou a investir na carreira artística. A decisão foi tomada quando, na época, ele foi convidado pelo ator e diretor teatral Fernando Veríssimo a participar do espetáculo “As Monas Lisas”, onde atuou, entre 2011 e 2013. “Durante esse tempo, também participei do concurso ‘Mister Rodeio Brasil Minas Gerais’, em Barretos, onde fiquei em terceiro lugar e conquistei dois certificados: o de ‘Corpo Mais Belo’ e o de ‘Mister Imprensa’. Neste ano, também concorri ao mesmo concurso, só que representando o Estado do Rio de Janeiro. Fiquei em terceiro lugar e recebi o título de ‘Mister Fotogenia’”, salienta.
 
Mesmo com tantas conquistas profissionais, ele revela que já sofreu situações de preconceito. “Quando a gente faz a ‘G’, que é mais voltada para o público homossexual, as pessoas nos rotulam como gays, garotos de programa ou até mesmo gogo boys. Mas, sempre soube lidar bem com isso. É claro que os assédios existem. Já recebi propostas financeiras sexuais, até envolvendo muito dinheiro, de mulheres e de homens. Mas tenho meus princípios e nunca precisei fazer esse tipo de coisa para conquistar meu espaço.”
 
 
Uma vez miss, sempre miss 
Desde pequena, Juliane Késsia sempre foi deslumbrada com o mundo da moda, porém, no início, não tinha o apoio nem o incentivo de seus familiares na carreira, com exceção da irmã. “Minha mãe tinha muito medo que eu me decepcionasse”, conta. Mesmo assim, ela não deixou o sonho de lado e, sempre que podia, participava de concursos de beleza. “A primeira disputa que venci foi a do concurso Garoto e Garota Betim Rural”, revela.
 
A partir daí, a modelo, criada no bairro Jardim Teresópolis, em Betim, começou a vencer  todos os concursos de que participava. “Conquistei o Garota do Rodeio Imbiruçu, em 2006, o Garota e Garoto Super Notícia, em 2009, e o Miss Mundo Betim, esse último, em 2010, por ser a betinense que mais conquistou títulos de miss na cidade”, salienta.
 
A fama não parou por aí. A beleza singela e, ao mesmo tempo, estonteante de Juliane também conquistou os olhares criteriosos de jurados do Estado e do país. “Fiquei em primeiro lugar, por dois anos consecutivos, no Miss Mundo Minas Gerais e fui Top Model Passarela”, recorda. As últimas conquistas vieram, recentemente, com o Miss Mundo Brasil, em 2011, no qual Juliane ficou em sexto lugar e, em 2012, quando ela foi eleita, em quinto lugar, na Colômbia, a Miss Brasil Pan-americana.
 
A trajetória de sucesso profissional de Juliane Késsia, porém, não se resume a apenas concursos de beleza. “A cada disputa que eu vencia, as portas iam se abrindo. Fiz muitos desfiles, comerciais em São Paulo e em Minas Gerais. Inclusive, tive uma linha de calçados assinada com o meu nome. Hoje, apesar de não investir mais na carreira de modelo, sempre sou convidada para fazer pequenos trabalhos na área e há quatro anos preparo as candidatas que vão disputar o concurso de beleza do comércio de Betim, o Miss Comerciária”, salienta.
 
Questionada sobre o que faz para manter o corpo sempre belo, ela revela: “Na época em que eu participava de concursos, era considerada uma comilona. Isso porque eu não me privava de comer nada, mas, é claro, com moderação. Ao contrário das outras participantes, quando chegava à final do concurso, se eu não fosse eleita, não comia exageradamente para tentar diminuir minha ‘frustação’. Mas, por causa da minha genética, nunca tive problemas com meu peso”, afirma.
 
 
A eterna 'Menina Fantástica'
Quem não se lembra de Nayane Teixeira, uma menina simpática e de beleza exótica que, em 2009, aos 15 anos, foi uma das quatro finalistas do “Menina Fantástica”, famoso concurso de beleza promovido pelo programa Fantástico, na Rede Globo? Pois bem, quatro anos depois, aquela garota tímida cresceu e, hoje, se tornou uma grande mulher. “Logo depois do concurso, fechei um contrato com as agências Mega Model e Woll, onde sou agenciada até hoje. Fui para São Paulo e para Miami, nos Estados Unidos. Durante o ‘Menina Fantástica’, conheci o Brasil todo viajando junto do ônibus do concurso. E também participei do Monange Dream Fashion Tour”, recorda.
 
Pouco tempo depois, a feliz surpresa veio. Em Nova York, onde ela também passou uma temporada a trabalho, Nayane descobriu que estava grávida. “Resolvi então voltar para o Brasil. Mas, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a maternidade nunca atrapalhou minha carreira. Continuei realizando trabalhos, só que, claro, tive que diminuir o ritmo. Depois que a Yasmin nasceu, optei por dedicar um tempo a ela”, conta Nayane.
 
 
Neste ano, a mamãe coruja decidiu que era hora de voltar com o gás todo. “Em 2014, vou me mudar para São Paulo e, depois, viajarei para a África do Sul, onde já tenho um contrato fechado”, revela.
 
Nayane afirma que nunca sofreu discriminação pelo fato de ela ser negra. Porém, ela diz que já soube de muitos casos de amigas que relatam o contrário. “Já ouvi falar de situações em que estava sendo feita uma seleção para um trabalho em que disputavam uma modelo loira e uma negra e, apesar da negra se encaixar mais no perfil e de ter mais experiência profissional, a loira acabou sendo a escolhida”, revela.
 
Ela explica que hoje a beleza negra é admirada no mercado da moda. “Antes, o preconceito era tanto, que havia, inclusive, uma cota de negros para desfilar nas passarelas. Atualmente, isso mudou. As pessoas fazem questão de ver uma pessoa negra em um desfile ou em uma campanha de moda”, ressalta.
 
 
Na mira do olheiro
Sabe aquela história clichê, contada por top models famosos, que afirmam que, apesar de nunca terem pensado em seguir a carreira de modelo, foram, por um acaso, achados por algum “olheiro” no meio da rua? Pois foi exatamente assim que começou a carreira
profissional do betinense Raphael Alvim. Com 18 anos, ele estava no meio da rua, em Belo Horizonte, quando foi convidado à fazer parte de uma agência de modelos, na capital. Apesar de, inicialmente, ter ficado receoso, decidiu encarar o desafio.
 
Após isso, as coisas aconteceram de forma rápida na sua carreira. “Pouco tempo depois já estava desfilando na São Paulo Fashion Week e fazendo trabalhos no exterior. Minha primeira viagem foi para Taiwan. Passei também por Hong Kong, Singapura, Tailândia, Malásia, além de ter conhecido vários países na Europa.”
 
Da vasta experiência como modelo internacional, Alvim relembra momentos que marcaram sua vida. “Um deles, foi quando atuei junto ao estilista Ralph Simons, na época, diretor da marca Jil Sander. Conheci-o num showroom, em Milão. Ele gostou do meu trabalho e me convidou para fazer o desfile dele em Paris. Foi uma honra. Outro momento que lembro com carinho aconteceu na Tailândia. A princesa do país, que é estilista, me convidou para fazer o lançamento da primeira coleção dela. Foi muito gratificante. Outra situação ocorreu em Taiwan, onde fiz par romântico em um clipe com uma famosa cantora do país, e em Dubai, onde também desfilei.”
 
 
Mas para conseguir conquistar seu espaço no mercado, o modelo também teve de se sacrificar. “Hoje estou mais tranquilo, pois atuo como booker e faço trabalhos esporádicos como modelo, mas, na época em que eu me dedicava integralmente à carreira, não podia beber álcool e vivia em dieta. Só pensávamos em melhorar o visual. Até ficava meio ‘bitolado’ com isso. Passava cinco horas por dia em uma academia. Quando voltava para Betim, não conseguia curtir com meus amigos. Tinha medo de comer um tira-gosto ou beber uma cerveja e criar uma barriguinha. Hoje minha preocupação com a estética é bem menor. Cuido da minha saúde, mas como uma pessoa normal.”
 
Apesar de o reconhecimento profissional ter chegado rápido vida de Alvim, é importante saber que, na maioria dos casos, as coisas não acontecem bem assim. Antes de conquistar a fama, os modelos também recebem muitos “nãos”. “Com a própria Gisele Bündchen foi assim. O que não podemos é desistir diante da primeira barreira. Se você sonha em se tornar um modelo profissional, tem de se dedicar e conhecer bem qual é o seu perfil.”
 
Ficha Técnica
Styling: Amanda Rodrigues, Ana Flávia Belloni, Lorena Núbia de Paula e Luiza Lorrana
Beauty: Guilherme Baptista, por Espaço Estima - Centro de Beleza
Locação: Casa da Cultura Josephina Bento e praça Milton Campos
Moda: Acervo pessoal, Arezzo Betim, Luriel Modas e Villa 5Meia
 
 

 




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