Giro por Betim e região
Música
Foto: Reprodução Internet
Renata Nunes
NOVE PERGUNTAS PARA O CANTOR SERTANEJO... SÉRGIO REIS
1 l Como avalia a música sertaneja hoje?
Mudou um pouco. Ela não fala tanto da natureza, da fé e do amor. Contudo, existem excelentes cantores e, no fim das contas, fica quem tem talento.
2 l O senhor está com um novo projeto, o DVD “Amizade Sincera”. Fale-nos sobre ele.
É um projeto maravilhoso, continuação do primeiro álbum “Amizade Sincera”. Um disco com meu grande amigo Renato Teixeira, que será lançado pela Som Livre. Interpretamos clássicos da música sertaneja/caipira brasileira e temos outros grandes amigos no disco, como Toquinho e Amado Batista. O álbum também tem a participação de um amigo novo, João Carreiro, artista com um futuro brilhante no cenário musical nacional.
3 l Já ganhou quantos Grammy’s latino?
Dois. Um em 2000, com o álbum “Sérgio Reis e Convidados”, e o outro em 2009, com “Coração Estradeiro”. Com isso, sou o artista brasileiro com maior número de indicações ao Grammy latino.
4 l Qual a receita para continuar fazendo sucesso depois de tantos anos de carreira?
Não penso que esse sucesso tenha um “segredo”, apenas muito trabalho.
5 l Teve muitas dificuldades na carreira?
Não tenha dúvidas. A carreira de cantor, no Brasil, sofre altos e baixos, mas, no meu caso, não posso reclamar. Desde muito cedo, o povo brasileiro me acolheu e assim foi nos últimos 54 anos. Praticamente, só tive alegrias.
6 l Como é o assédio das mulheres?
Apesar de dar um bom caldo ainda, nessa idade, melhor falarmos de música.
7 l Recentemente, o senhor teve taquiarritmia (aceleração da frequência cardíaca, na qual o coração ultrapassa 100 batidas por minuto) e foi, inclusive, internado. Como está sua saúde agora?
Graças a Deus, estou bem. Tive um susto há um mês, que me tirou de combate por 10 dias. Nada que eu não esteja acostumado a vencer. O que importa é que estou saudável e firme para a caminhada.
8 l Depois de uma carreira de tantos anos e com 74 anos, pensa em parar de tocar?
A aposentadoria não está em meus planos. A música é minha vida. Meu pai sempre me disse: “Filho, vá até o fim”. E assim será, amo o que faço. Vou tocando em frente.
9 l Tem medo de cair no esquecimento do público ou não fazer mais tanto sucesso como alguns cantores da época do início da sua carreira?
Nenhum. Acho que existe uma identificação minha com o povo e isso jamais ocorrerá.
RECORDAÇÕES ATRAVÉS DA MÚSICA
Ferrorama. Esse brinquedo popular dos anos 1980 que Hugo Guedes (baixo e vocal), Thiago Barrez (guitarra e vocal) e Les Paul (bateria) não tiveram quando criança foi o nome escolhido por eles para batizar o projeto musical do trio, que apresenta clássicos dos anos 1970 e 1980. “Conhecemos-nos e tocamos juntos há dez anos, mas, há três anos, surgiu o Ferrorama. Os músicos que me acompanham, e que estão gravando nosso novo CD, um dia comentaram sobre a vontade de formar uma banda que relembrasse músicas que ouvíamos quando éramos adolescentes e que nos deram motivação para aprender a tocar. Resolvemos criar o Ferrorama. Apresentamos músicas de artistas e bandas que nos influenciaram, como Queen, Hendrix, Dire Straits, Led Zeppelin e, claro, bandas nacionais como Paralamas, Legião, Titãs, Ultraje e Capital Inicial”, explica Hugo Guedes, que também tem um trabalho autoral chamado Samba de Tronco. Para quem quiser conferir o som desse trio, eles se apresentam no dia 16 de agosto, às 13h, na Festa da Alface, em Mário Campos, e no Bar Nó da Madeira, em Betim, no dia 17, às 18h. Todas as quintas-feiras, o show deles também pode ser apreciado no Restaurante Alcachofra, a partir das 20h, no projeto “Cardápio Musical”.
UM BRINDE À BOA MÚSICA
A miscelânea do sambinha, do chorinho e do melhor da música popular brasileira. Esses são os ritmos que embalam o Clube do Choro, grupo musical formado por seis amigos e que há 12 anos vem conquistando o público mineiro. “Iniciamos, primeiramente, pensando em um encontro de amigos e músicos para tocar choro na cidade. Assim, fundamos a Associação Cultural Clube do Choro de Betim e, depois, surgiu o Grupo Clube do Choro de Betim”, explica o cavaquinhista Dudu Braga. O primeiro fruto do talento deles veio em 2013, com o lançamento de um CD instrumental, e, para o fim deste ano, os sambistas pretendem gravar novas músicas com voz, assim como ocorre nas apresentações, e incrementar o álbum com essas canções. Para quem ainda não os conhece, duas boas oportunidades para curtir o trabalho deles serão no dia 14 de agosto, no quintal da Casa da Cultura (31 3532.2530), e no dia 16, na Festa da Alface, em Mário Campos (3577.2006). Os shows têm entrada gratuita.
NOITE SERTANEJA
“Mas eu, prefiro estar aqui, te perturbando domingo de manhã...”.
A dupla Marcos e Belutti, que interpreta o sucesso “Domingo de Manhã”, estará em Betim, no dia 27 de agosto, na casa de shows Caipirão do Lapinha. Os músicos, que são uma das revelações da música sertaneja dos últimos tempos, vão mostrar ao público o show da turnê do novo DVD acústico, um projeto intimista, gravado no fim do ano passado na casa do cantor Sorocaba. “Galera de Betim, estaremos aí para um grande show no Caipirão do Lapinha. O repertório é inédito para este show. Contamos com a presença de todos vocês”, convidam os sertanejos. Informações: (31) 3595.5995.
Fotos: Divulgação