Google Plus ou Facebook?
POR Tomaz Antônio Brum*
Recentemente, o Google adicionou mais de 40 novas funções à sua rede social “Google Plus” (https://plus.google.com/). A investida do site de busca tem o objetivo de tornar o uso do “plus” mais agradável e fácil e, assim, tentar fazer com que o Google aproxime seu número de usuários ativos/mês aos que possui, atualmente, o Facebook (http://www.facebook.com) – uma quantidade cinco vezes maior (200 milhões por 1 bilhão).
O problema é que, mesmo o Google estando presente em nosso dia a dia, gerenciando nossos e-mails, contatos e compromissos, ou seja, “sabendo” tudo a respeito do que procuramos na internet, ele não consegue emplacar sua rede social. E olha que esta é a sua segunda tentativa, já que o Orkut foi a primeira.
Especialistas afirmam que, se comparado ao Facebook, o Google chegou sete anos atrasado. Porém, eles se esquecem de que essa também não foi a primeira rede social lançada no mundo. Antes do “Face”, as pessoas já conheciam algumas redes com relativo sucesso, como o Class Mates (http://www.classmates.com/) e o My Space (http://br.myspace.com/), nascidos em 1995 e em 2003, respectivamente. Ambos são, portanto, mais “antigos” que o Facebook, que somente em 2004 surgiu a um público restrito de estudantes de faculdades norte-americanas. A rede social foi aberta a qualquer usuário apenas em 2006. O próprio Orkut surgiu antes do “Face”.
Muitos alegam ainda que, para obter o sucesso almejado, o Google terá de encontrar o nicho do “plus”, a exemplo das demais redes sociais, como o Twitter, o Linkedin e o Instagram. Isso porque ninguém vai querer ter dois “Faces”, isto é, duas redes sociais com os mesmos objetivos e características.
Da mesma forma, devemos ter em mente que nenhum serviço reinará para sempre. A própria internet já nos provou isso. Os mais antigos certamente se lembrarão do ICQ (mensagem instantânea), do AOL (portal) e do Palace (chat), ferramentas que foram substituídas, quase que silenciosamente, por outras similares, algo semelhante ao que está acontecendo com o MSN, da Microsoft, que está sendo engolido pelos “mensageiros” do Facebook e do Google (Hangout).
Agora, o que não podemos discordar – sendo especialistas ou não – é que ninguém se aventurará em entrar para outra rede social se seus amigos não estiverem conectados a ela, o que garantirá, por mais alguns anos, o reinado do Facebook pelo mundo.
*Engenheiro eletricista com especialização em telecomunicações e diretor de tecnologia e novos negócios da Tremnet – facebook.com/tomazbrum - twitter.com/tomazbrum - tomazbrum.tumblr.com