Jejum intermitente
Com o aumento das comorbidades e das doenças endocrinometabólicas, como a obesidade, o diabetes mellitus tipo 2, a síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, a dislipidemia (colesterol elevado) e a depressão, e devido à luta pela conquista do corpo ideal, novas abordagens no emagrecimento surgem frequentemente. A metodologia alimentar do “jejum intermitente” contraria o conceito mais conhecido de intervalos alimentares de 3 em 3 horas.
A história do jejum intermitente vem desde 1930, com Mc Clay, em um estudo feito com macacos durante aproximadamente 280 dias, cujos resultados constataram que ambos possuíam uma menor taxa de mortalidade e níveis baixos de insulina, levando, assim, a uma redução significativa da contração de diabetes no futuro. Outro estudo, de Stuart e Flemming, analisou o jejum intermitente em humanos por 382 dias Isso mesmo, período superior há um ano. O resultado não poderia ser outro: perda de 75% do peso corporal total e doenças como desnutrição e sarcopenia (baixa massa muscular).
Os mecanismos de adaptações do nosso organismo decorrentes do desjejum provocam diversos efeitos que são benéficos para a saúde: estimulam a imunidade (aumento da quantidade e da função dos linfócitos T, que são células responsáveis pela defesa do organismo), diminuem os níveis de insulina, aumentam os níveis de GH (hormônio do crescimento, que atua de maneira benéfica tanto nos homens quanto nas mulheres na redução de peso gordo e no ganho de massa muscular), e da noradrenalina (mudança hormonal que acelera a queima da gordura e facilita sua utilização para gerar energia), aceleram o metabolismo basal (quantidade mínima necessária para manter as funções vitais do organismo em repouso), aumentam a concentração do hormônio adiponectina no sangue (responsável pela sensação da fome e pela regulação do metabolismo energético) diminuem o processo inflamatório crônico e diversos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas.
Para o sucesso do jejum intermitente, nos países tropicais e subtropicais, devemos respeitar as fases do ciclo digestivo; o período de ingestão é aquele em que o paciente deve se alimentar entre 12h e 20h, dividindo as refeições em: 12h (almoço), 16h (lanche) e 20h (jantar). No período de assimilação, o organismo vai processar e absorver todos os nutrientes das refeições feitas durante o dia, e esse momento ocorre entre as 20h e as 4h, ou seja, o paciente não deve se alimentar nesse período, mas está liberado para tomar água. O processo da eliminação começa a partir das 4h e pode durar até as 12h. Nessa fase, o organismo vai eliminar, através das fezes ou da urina, todos os resíduos e excessos, fato que é concluído através das idas ao banheiro ao se acordar ou, até mesmo, durante a madrugada.
As principais reações adversas que podem ocorrer em relação ao jejum intermitente são a perda de massa magra, a fraqueza, a irritabilidade, a redução no rendimento físico e mental, além da sonolência. Porém, já existem estudos comprovando a manutenção ou o ganho de massa muscular em indivíduos saudáveis, que praticam atividade física regularmente e fazem uso de suplementação. Porém, é de fundamental importância respeitar a característica individual de cada um. Lembrando que algumas pessoas se beneficiam do jejum intermitente por dias seguidos e outras, não.
O jejum intermitente possui a margem aceita de jejum das 14h até as 20h, sendo sempre aconselhados a supervisão e o acompanhamento de um profissional da área.
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