Um toque de natureza em sua casa

0
Criado em 14 de Março de 2013 Decoração
A- A A+

Ao trazer um pedaço da natureza para residências, consultórios, empresas e escritórios, os jardins de inverno pretendem “quebrar” o ritmo agitado das grandes metrópoles. Antes visto apenas como um adereço estético na montagem de ambientes, esses jardins podem ser muito importantes para os frequentadores, proporcionando harmonia, ar fresco e relaxamento.

Para este ano, o designer e proprietário da Belo Ambiente Paisagismo, Robson Emerick, 46, afirma que as samambaias voltarão a ser tendência e destaque. Outras plantas muito utilizadas, atualmente, são as palmeiras (como ráfia e chamaedórea), spatifilus, grama preta (também conhecida como pelo de urso), amarantas, tostãozinhos, dracenas, avencas e bromélias de sombra ou de meia-sombra.

Jardins de inverno podem ter uma decoração mais rústica (foto 1), com grande presença de elementos naturais. Na decoração horizontal, quando há a utilização de plantas menores, os trabalhos são feitos, em sua maioria, com a montagem de mosaicos produzidos com pedras oriundas de rios, chamadas seixos.

Já na decoração vertical, é muito comum o uso dos vidros como auxiliares na montagem (foto 2). A utilização de quadros coloridos também enriquece o aspecto visual. E nos dois casos pedaços reciclados (cavacos) de madeira são presença quase que indispensável.

foto 1  

foto 2

Consciência ambiental

Com o aquecimento global e as constantes mudanças de temperatura, o uso de jardins de inverno é uma forma de reduzir esses efeitos em ambientes fechados. Existem vários cuidados para que a extração das plantas não prejudique ainda mais o ambiente.

Por isso, há uma série de fatores incluídos na produção, por exemplo, a não utilização de plantas que correm risco de extinção, como o xaxim. Além disso, essas plantas são cultivadas em fazendas, evitando que os espécimes sejam extraídos da natureza, o que poderia desconfigurar ainda mais a vegetação original.

Cuidados

Mas toda a beleza dos jardins de inverno requer muitos cuidados. O principal deles é a ventilação, cuja falta é a maior causa da morte de plantas nesses ambientes fechados. Outra questão fundamental é a criação de uma condição propícia para que a vegetação receba, no máximo, três ou quatro horas de iluminação natural. Esses aspectos ajudam a criar resistência contra doenças e fungos característicos de lugares sombrios e muito úmidos.

Aspectos como a drenagem, a poda constante de folhas e raízes – se essas estiverem muito grandes – ajudam no desenvolvimento das plantas. Adubação correta e limpeza também não podem ser esquecidas.

Um dos segredos para a resistência dos jardins de inverno está na escolha das plantas utilizadas. Robson Emerick afirma que apenas espécies que sobrevivem em meio à vegetação fechada (matas nativas) são selecionadas, porque são plantas que estão acostumadas a um ambiente com condições reduzidas de luz e de drenagem.

“É fundamental que a pessoa tenha muitos cuidados com o seu jardim. Fatores como temperatura não interferem muito. Apenas é necessário lembrar que as plantas necessitam de cuidados específicos no inverno e no verão. Nos dias mais frios, precisam de menos água, já nos quentes, precisam de mais. É importante saber que o tempo médio de vida de um jardim interno é de seis meses, quando a iluminação deste é feita artificialmente, o que favorece mudanças de acordo com as tendências e com a estação adequada”, finaliza Robson.

 

A história dos jardins de inverno

Os jardins de inverno surgiram na Europa, por volta do século XVII,

como espaços de convivência nos grandes casarões da época. Com a ajuda dos tetos de vidro e das grandes janelas, eles podiam florescer tranquilamente, já que possuíam iluminação similar à que teriam quando expostos externamente. O estilo original – com grandes janelas e teto de vidro – conquistou, mais tarde, função decorativa nas residências modernas.

O velho continente também sempre ficou famoso por seus invernos rigorosos, o que fez com que fosse pensada uma nova forma de manter algum espaço verde em seus terrenos – uma vez que a vegetação natural não resiste à neve e à mudança brusca de temperatura.

Com a chegada dos primeiros imigrantes, essa cultura foi trazida ao Brasil, mas, ao longo do tempo, esse hábito sofreu algumas adaptações ao cotidiano local, como a troca da vegetação utilizada por uma mais tropical, com plantas regionais, compatíveis com a temperatura do país.

 

Como montar

 

Planeje

O ideal é que ele já esteja nos planos desde a construção do imóvel, para que um arquiteto possa organizar um espaço com boa iluminação natural e bem ventilado.

Plantas

Escolha espécies que possam crescer dentro do espaço planejado. Por exemplo, uma samambaia não precisa de muitos metros quadrados para crescer.

Ventilação

Antes de qualquer preocupação com a iluminação, é fundamental saber que a ventilação é o fator mais importante para a sobrevivência das plantas. Procure fazer o jardim de inverno em cômodos arejados.

Manutenção

O tempo médio de vida de um jardim de inverno é de seis meses, quando deve haver a troca quase completa das espécies. No entanto, é fundamental que cuidados como poda de raízes e folhas, limpeza, drenagem e adubação sejam feitos constantemente.

 




AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião de Revista Mais. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Revista Mais poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.