Vida a dois: uma eterna insatisfação

Falta de diálogo, de compreensão e até de afeto entre os casais. Esses são alguns dos motivos apontados pelos especialistas como os principais impasses para um relacionamento feliz

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Criado em 19 de Junho de 2013 Relacionamento

Reprodução da Internet

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Pollyanna Lima

Como ser feliz no relacionamento? A resposta para essa pergunta não está em um livro de receitas e, muito menos, em equações matemáticas. Ela deve ser buscada no dia a dia, por meio de muito diálogo entre o casal. No jogo do amor, é preciso cuidar da relação para que ela não se desgaste. É importante agradar ao outro, mas não se pode desagradar a si mesmo. Precisamos aprender a encontrar o equilíbrio, cedendo e se impondo, simultaneamente, de maneira saudável e evolutiva.

Quando apenas um cede, abre espaços para as insatisfações na relação. E não adianta colocar a culpa no outro, já que, por mais que reclame, esse aceita a posição de culpado. A solução? Muito diálogo e vontade de melhorar o relacionamento.

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O analista Michel Faria, 25, e a supervisora de atendimento Kellen Apuque, 23, contam que vivem se desentendendo, principalmente agora, que estão prestes a se casar. “Ela diz que eu não resolvo as coisas no momento em que ela pede. O problema é que a Kellen quer que os pedidos dela sejam prioridade frente a qualquer coisa que eu tenha para fazer, como meu trabalho e outros compromissos”, alega Faria.

Já Kellen afirma que é ela a principal insatisfeita. “Não gosto da falta de atenção do meu namorado, principalmente, quando tenho assuntos mais sérios a tratar e ele não me escuta”, reclama.

Ambos concordam que outro motivo de brigas é o dinheiro. “A situação está pior agora, porque estamos organizando o casamento. Incomoda-me o fato de a Kellen não saber poupar, sendo que precisamos de toda a economia possível para arcar com os gastos de nossa cerimônia”, desabafa o analista.

Diferentemente do casal citado, a produtora de eventos Fabiana* e o analista de sistemas Bruno*, juntos há seis anos e meio, quase nunca brigam. Eles revelam que têm alguns desentendimentos, como todo casal, mas nada que abale a relação dos dois. “Acho que os conflitos de opinião são até saudáveis, porque são uma oportunidade para conversarmos e de cada um falar o que pensa”, ressalta Fabiana.

Bruno explica que, quando as discussões ocorrem, elas são ocasionadas, justamente, por falhas de comunicação. “Por isso, busco dialogar sempre”, afirma ele. Já Fabiana se julga um pouco fechada. “Só falo quando estou no meu limite, o que é péssimo. Mas o Bruno está sempre aberto ao diálogo e sabe identificar quando preciso de uma boa conversa”, salienta a produtora de eventos.

Mas não é só esse problema na relação do casal que incomoda o analista de sistemas. Bruno também reclama da falta de iniciativa da namorada para fazer sexo e de, muitas vezes, ela se comportar de maneira ranzinza com as pessoas.

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As queixas de Fabiana também não ficam para trás. “Por mais que ele esteja aberto para conversas, tem momentos que ele fica mudo. Eu o amo pelo que ele é, mas, algumas vezes, faço perguntas e ele só responde cinco minutos depois, quando nem lembro mais o que perguntei”, explica Fabiana.

Já o vendedor Fernando* e a dançarina Rafaela* namoram há cinco anos e estão sempre brigando por ciúmes, bebida ou por pequenos atritos do dia a dia. “Procuramos resolver nossos problemas por meio do diálogo, mas nem sempre essa conversa acontece”, contam.

Segundo Fernando, muitas vezes Rafaela fica de mau humor, mas não expõe o que a incomoda. Já para a namorada, esse silêncio, às vezes, é necessário. “Se fico calada é porque não quero falar naquele momento. Não gosto de dizer coisas sem pensar, porque posso me arrepender depois. Por isso, prefiro conversar quando estiver mais calma”, conclui a dançarina.

 

* Nomes fictícios para preservar a identidade da fonte.




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